AUTOR: Ezekiel Boone
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2016
ANO DA EDIÇÃO: 2016
EDITORA: Suma de Letras
PÁGINAS: 272
*Exemplar cedido pela editora em parceria.
Como podemos notar pela sinopse, são vários acontecimentos ao redor do mundo, e por conta disso temos vários protagonistas na história. Cada capítulo é narrado em terceira pessoa dando foco a um deles e nomeado de acordo com a localização do sujeito, o que por um lado isso é interessante porque assim podemos ver civis, militares, pesquisadores e até a presidente dos Estados Unidos (repare que eu disse A presidente) reagindo à situação. Contudo, são muitas pessoas, e fiquei um pouco perdida no início. Sem contar os que apareceram uma ou duas vezes sem muito a acrescentar, e eu não curto muito isso.
Em alguns momentos as histórias se interligam de forma que alguns personagens aparecem juntos, o que deixou mais interessante, porque eu confesso que já estava me esquecendo de alguns e trocando nomes. Esse é o problema de não aprofundar personagens e, falando nisso, até que o autor tentou, eu senti, mas acabou pecando no excesso de detalhes da vida pessoal de certos protagonistas em momentos que não interessavam. Acho que foi uma tentativa de firmar personalidades e de fazer com que o leitor criasse empatia, mas para mim essas informações soaram desnecessárias e não funcionaram muito. Porémmm, com o andar da carruagem eu fui me familiarizando mais com eles, com suas localizações e foi o fim da confusão.
Ótimos ganchos durante a narrativa foram criados, mas, apesar disso, A Colônia não estava me prendendo em sua teia (ha) até mais ou menos a metade, porém, a partir daí as coisas começaram a ficar bem mais intensas e o livro foi melhorando. Quando o caos se instaura e as pessoas enlouquecem, meus amigos, a coisa fica interessante. Imagina uma invasão de aranhas carnívoras chegando de todos os lados, se alastrando e comendo tudo (ou quase) que vê pela frente? Dá uma coceirinha quando eu penso nessa possibilidade, ainda que remota. Não pude evitar lembrar dos filmes que tanto amo vendo todo aquele desespero, aliás, assistiria a adaptação muito fácil hahaha. QUERO!! Sim, a louca das criaturas bizarras.
Alguém aí tem fobia desses bichinhos? Uma curiosidade sobre o autor é que ele morre de medo de aranhas (????), então não deve ter sido muito fácil escrever e pesquisar sobre o assunto. Eu mesma me vi preocupada toda vez que qualquer coisa encostava em mim enquanto eu lia, então aqui fica um aviso: aracnofóbicos, talvez, TALVEZ, seja uma leitura complicada, mas desejo força!
Há pouquíssimas resenhas por aí, mas vi uma leitora reclamando do final. É, realmente, não tem final. É que The Hatching é o primeiro volume de uma série. Não sei quantos livros serão ao todo, mas, checando a página do Ezekiel Boone no facebook, vi que o segundo volume, intitulado Skitter, sairá lá fora em Maio e eu provavelmente lerei. É a estreia do autor e eu tenho a impressão de que as coisas já vão começar muito loucas na sequência, até porque terminamos no meio de uma revelação bombástica, it’s just the beginning, folks.