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Desafio Livrada 2016 - As Escolhas

2/2/2016

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Por: Victor Heliângelo
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     O Desafio Livrada é um lance que o Yuri do blog Livrada inventou e de ano em ano temos que cumprir desafios lendo um livro que se encaixa em cada categoria mais um da escolha dele. O Livrada é o meu blog/canal do youtube favorito, e esse é o primeiro ano que vou conseguir participar do desafio decentemente. Como ele vale para o ano todo, fica bem tranquilo de fazer sem muita correria, e é provável que eu leia mais de uma obra que preencha cada requisito, isso sem falar dos livros que sozinhos se enquadram em mais de um. Por isso, além das escolhas principais, direi quais outros títulos eu possa ler esse ano que também atendem àquele critério, e obviamente todos vão ter resenhas no blog. Sem mais delongas, vamos às escolhas.

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1 – Um prêmio Nobel: As Rãs – Mo Yan

     Prêmio Nobel é o que mais tem aqui para ler na prateleira, vocês vão ver durante o post que ele tá recheado desse povinho que ganhou a maior honraria literária que há. A escolha de As Rãs foi por um motivo muito simples: eu já li o livro e como eu quero acabar essa lista logo não vou ficar perdendo tempo botando outros né. Fora o fato desse épico chinês sobre a política do controle de natalidade ser uma obra prima, e que todos já deveriam estar lendo e esperando minha resenha.
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Outras opções: Temos também Flores da Ruína do francês Patrick Modiano e O Melhor Tempo é o Presente, da sul africana Nadine Gordimer.


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2 – Um livro russo: O Percevejo – Vladímir Maiakóvski

     Tenho uma confissão a fazer: nunca li russos. Segura essa sociedade. Então quando estava decidindo por qual começar, resolvi ser diferentão e não começar pelos grandes Dostoievski e Tolstoi, e sim por um dos autores preferidos do Yuri (tô confiando em você ein cara), Vladimir Maiakovski. Aqui também tinha Lolita, do Nabokov, mas ele não é russo de verdade, viveu do bom e do melhor na França e nos states e nunca teve que botar o pezinho no frio russo. O Percevejo é uma peça (eu ando me interessando muito por teatro ultimamente) de comédia fantástica. E isso é tudo que eu sei do livro. Para mais informações esperem a resenha.

Outras opções: Além do já citado Lolita, pretendo ler O Capote do Gogol e talvez algo do Dosto e Tolstoi, mas aí tem que ver se a 34 libera um desconto decente na Amazon porque tá foda viu.


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3 – Um cânone da literatura ocidental: Ulysses – James Joyce

     Antes, o escolhido era Esperando Godot, mas no último vídeo sobre o desafio, o Yuri falou que escolher algo curto seria roubar nessa categoria, então eu peguei simplesmente o maior livro que tem por aqui e botei-o na lista. Esse é provavelmente o maior Cânone ocidental do século XX e provavelmente a obra mais exaltada sem ter sido lida que existe. Eu comprei já faz um bom tempo, mas fiquei acanhado, só que recentemente eu descobri que a Mel Ferraz do canal Literature-se está fazendo um projeto Lendo Ulysses e eu resolvi pegar esse barquinho aí.

Outras opções: Cânones gigantes não estão muito no meu foco, porém aqui ainda tem Os Três Mosqueteiros do Dumas, que só sabia escrever calhamaço.


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4 – Uma novela: História do Olho – Georges Bataille

     Como eu estou fazendo o meu desafio pessoal de ler um livro inteiro todo sábado do ano inteiro, novela e teatro são o que mais tem para eu ler aqui. Porém, o desafio é conseguir ler História do Olho sem ficar constrangido com a capa, o que envolve: A) não lê-lo em publico e B) não ler quando meus pais estiverem em casa. Se tem algo que eu possa chamar de desafiador nessa lista, é esse livro.

Outras opções: Comprei o Um Ano do chileno Pablo Emar pelo simples fato de ter adorado a ideia da coleção da Rocco. Outra ótima opção é O Cavaleiro Inexistente do italiano Italo Calvino.


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5 – Um livro que você não sabe por que tem: Ficção Completa – Bruno Schulz

     Essa é uma categoria difícil. Tecnicamente eu sei exatamente o porquê dessa compra, só que não é pelos motivos comuns. Adquiri a obra na Black Friday porque estava mais barata que Vermelho e o Negro do Stendhal, achei a capa mais bonita e era um autor polonês. Porém, não tinha a menor ideia do que esperar quando comecei a ler. Acontece que eu não erro quando a escolha é maluca desse jeito.

Outras opções: Alem de não ter, essa já está cumprida, então nem vou me preocupar.


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6 – Um autor do seu estado: Corredor Polonês – Alfredo Sirkis

     Qual foi minha reação ao descobrir que praticamente todos os autores brasileiros que eu gosto não são do Rio? Mutarelli e Galera são paulistas, Rubião e Rubem Fonseca são mineiros (foi um choque descobrir que o Rubem não é carioca, ele só fala dessa merda de estado), José J. Veiga é GOIANO (também foi um choque descobrir que existe literatura goiana), E A CLARICE LISPECTOR NEM DO BRASIL ERA, A MUIÉ NASCEU NA UCRÂNIA. Eu poderia ter apelado pro Machadão, mas aí eu ia ter que caçar os livros menos conhecidos dele e se existe uma pessoa que eu não quero ter decepções é com o Assis, fora que não é desafio nenhum né. O pessoal daqui só escreve fantasia hoje em dia, coisa que eu até gosto, mas a grande maioria é péssima, então corri para o sebo ver se achava alguma coisa diferente, e achei esse livro de um escritor que nunca ouvi falar, contudo a cara de playboy surfista filhinho de papai não me agradou e já estou com um pé atrás. Que decadência ein Rio.

Outras opções: Até agora, a única coisa que eu quero ler de um carioca é o Exorcismos, Amores e Uma Dose de Blues do Eric Novello, porque até hoje estou estupefato com o que li de Neon Azul.


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7 – Um livro publicado por uma editora independente: A Pianista - Elfriede Jelinek (Editora Tordesilhas)

     Editora independente é um conceito complicado. A Darkside é uma editora independente, por exemplo, mas todo mundo sabe que essa não valeria botar aqui né. Então fui perguntar para o Yuri se a Tordesilhas valia, e como ele disse que sim então bola pra frente. É incrível o fato de ser uma editora independente editando livros de uma ganhadora do Nobel, talvez isso mostre o quanto elas também são necessárias nesse mercado. Jelinek foi a ganhadora do Nobel que fez neguinho sair da academia sueca falando cobras e lagartos da obra da mulher e da academia, o que me deixa com mais vontade de ler esse que é considerado a obra-prima dela.

Outras opções: Não tenho nada mais que tenha sido publicado por editoras independentes, mas estou muito interessado no que a Radio Londres e a Foz andam lançando, e ainda resta esperar para ver o que sai da nova editora da garota que trabalhava da Cosac Naify.


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8 – Uma ficção histórica: O Sonho do Celta – Mario Vargas Llosa

     Existem vários autores que escrevem ficção histórica, muitos deles conhecidíssimos, como Bernard Cornwell e Umberto Eco, contudo, é fato que eles não são muito reconhecidos pela crítica. Eco já teve seus momentos de glória, mas hoje em dia se considera que ele acertou apenas uma vez. Um dos poucos escritores de ficção histórica que tem respeito por aí é o peruano Mario Vargas Llosa, e Sonho do Celta foi uma das últimas empreitadas do autor.

Outras opções: O Nome da Rosa está aqui na prateleira, todavia, é a cópia de uma antiga coleção da Folha em uma edição tão feia que dá desanimo de ler. Eu acho que As Rãs também contaria aqui, mas deixa quieto.


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9 – Um livro maluco: Vestir os Nus – Luigi Pirandello

     Livro maluco é o que eu mais tenho para botar aqui: Kafka, Schulz, Beckett, entre outros. Mas Luigi Pirandello é um escritor conhecido por ter puxado essa verve esquisita para o seu teatro, então ele tinha que ser definitivamente o representante desse item da lista.

Outras opções: Li Esperando Godot do Beckett esses dias, lokasso demais. A lista ainda tem esse pessoal que é considerado o Kafka do seu país, como as obras completas do Bruno Schulz e Murilo Rubião (os dois escreveram apenas contos), Um Ano do Juan Emar e claro, o próprio Kafka, que já tem aqui na lista A Metamorfose e O Processo.


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10 – Um livro que todo mundo já leu menos você: Ensaio Sobre a Cegueira – José Saramago

     Descobri que essa era a escolha certa quando, folheando a minha cópia, vi que ela era a 70° reimpressão. Saramago é o melhor escritor da língua portuguesa de todos os tempos e já deveria ter sido lido por mim há muito tempo, afinal essa obrassa resultou em um incrível filme do Fernando Meirelles, o melhor diretor brasileiro.

Outras opções: Li poucos livros na vida, o que torna bem engraçado o fato de eu já ter um blog sobre, mas só para citar alguns temos A Metamorfose do Kafka e O Nome da Rosa do Eco, fora o recente hype em O Rei de Amarelo, do Robert Chambers, graças a grandiosa série True Detective.


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11 – Um autor elogiado por um escritor que você gosta: Lourenço Mutarelli e Eric Novello indicam Paul Auster. E eu escolho Noite do Oráculo.

     Mutarelli cita autores que gosta a todo o momento nos seus livros, aliás, ele já disse que o melhor a se fazer depois de ler uma obra dele é ler os títulos citados para complementar a leitura. No seu primeiro livro, o Cheiro do Ralo, o personagem principal lê Paul Auster, mas não diz exatamente qual o nome da obra (embora eu tenha quase certeza se trata de A Trilogia de Nova York). Já o Eric é uma puta paga e sai anunciando pelos quatro cantos que todo mundo devia ler Paul Auster, e se o melhor escritor da literatura fantástica brasileira atual te recomenda algo, você só vai.

Outras opções: Eu não sigo muito o que os autores ficam falando por aí, talvez para não saber que um cara que eu gosto fala merdas indizíveis. Entre os poucos, tem a eterna recomendação do Lourenço Mutarelli por Burroughs e agora pelo Vonnegut, e outro autor que eu amo seguir, Neil Gaiman, que recomenda a torto e a direito um zilhão de autores, entre eles um que eu quero muito ler, Kazuo Ishiguro.


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12 – Um livro bobo: A Estrada da Noite – Joe Hill

     Ficar falando mal dos seus próprios livros não pega muito bem por aí, então na minha cabeça a categoria “livro bobo” virou “livro que você sabe que não é nada demais e não vai mudar sua vida, mas talvez seja divertido de ler”, o talvez está aí porque não tem como saber com 100% de certeza se você vai gostar ou não, e a prova é justamente o escolhido, que era para ser legal e provavelmente vai ser o pior do ano. Qualquer coisa tem outros aqui para cumprir essa função.

Outras opções: Um que me desanima pela minha mudança de gosto, mas que eventualmente vou ler é Paraíso Perdido do Eduardo Spohr. Tem outro que não se encaixa na categoria livro bobo, mas sim na de “livro que você sabe que não é nada demais e não vai mudar sua vida, mas talvez seja divertido de ler”, que é Por Causa da Noite do James Ellroy.


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13 – Um romance de Formação: Fazedor de Velhos – Rodrigo Lacerda

     Romances de formação nunca estiveram no foco do meu interesse, acho que justamente por eu ser bem inflexível em relação a algo que parece ter a premissa de um autoajuda disfarçado, mostrando a criação de valores em uma pessoa, mas desafio é desafio. Então para não arriscar muito, escolhi um curtinho (nem sabia que existiam desses) de um brasileiro que eu ainda não conheço.

Outras opções: Como eu disse, esses não são o meu foco, mas eu acho que O Incolor Tsuku Tanzaki e Seus Anos de Peregrinação do famosíssimo Murakami também é um romance de formação e esse eu tô a fim de ler, só falta a certeza de que é desse gênero mesmo.


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14 – Um livro esgotado: Revolução do Futuro – Kurt Vonnegut Jr.

     Se existe algo que eu acho um absurdo, é deixar um livro ficar esgotado. O desespero que isso gera para uma pessoa que não consegue encontrá-lo nas grandes livrarias é uma sacanagem. Pior é quando praticamente TODA a obra de um escritor está esgotada. Pois é, amigos, para encontrar algo que o senhor Vonnegut escreveu você vai ter que chafurdar em pilhas nos sebos, sendo que ele tem uma obra que geralmente entra nessas listas bobas de “100 livros mais importantes” de qualquer coisa que tiram da cabeça desses malucos, Matadouro 5. Porém, esse é o primeiro que ele escreveu, o que me parece um ótimo ponto de partida para conhecer o autor.

Outras opções: Não tenho muita coisa esgotada porque a minha coleção começou agora, mas tem mais um livrinho aqui para entrar nessa categoria: Sombras Sobre o Rio Hudson, do polonês Isaac Bashevis Singer, ganhador do Nobel, o que para mim é uma dupla falta de consideração da editora com os leitores.


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15 – As Aventuras do Bom Soldado Svejk – Jaroslav Hasek

     A primeira vez que eu o vi numa livraria fiquei apaixonadíssimo pela capa engraçada e com o estilo de traço parecidíssimo com o do criador do Tintim, Hergé (cujo traço e obra eu amo de paixão). Depois fiquei sabendo que é uma obra comparável a Dom Quixote na República Checa e a minha vontade de lê-lo só aumentava. A escolha do Yuri não poderia ser mais acertada pelo visto, mas ainda não o tenho, o que não é problema já que tenho o ano todo para comprá-lo.

Outras opções: Yuri também deixou como opção para os fracos qualquer coisa do Alejandro Zambra, mas para a negada Hardcore o desafio soa como: ler Svejk e algo do Zambra, se não tudo. E como estou correndo atrás do que tem da Cosac Naify antes que esgote, é bem provável que eu cumpra os dois.

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    ​Durante um passeio pelo Mundo das Ideias, Carolina Souza encontra a perfeição em forma de Homem conhecido como Victor Heliângelo e o convida para falar mal dos livros da Biblioteca de Babel neste bravo blog.

    (Nota da Carol: Queria deixar claro que não fui eu que escrevi a baboseira acima. Beijos de luz.)


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