
Autor: William Peter Blatty
Editora: HarperCollins Brasil
Ano: 2015
Páginas: 336
A sinopse deixa claro que a história a ser contada é a de Chris, mãe da menininha encapetada, o que me fez temer um livro parecido com Menina Má, cheio de vários nadas, mas, apesar de Chris ser o foco, alguns capítulos são completamente centrados na vida do padre Damien Karras, que também tem papel importante na narrativa, achei bacana, já que a obra carrega o nome de O EXORCISTA.
Chris é ateia e Damien é um padre com a fé abalada, então já é de se imaginar o conflito acontecendo na cabecinha deles diante da situação. Um dilema para nossos personagens: como combater algo em que não se acredita ou não se quer acreditar muito? Complicado.
Eu não sou de sentir medo com o gênero terror/suspense, nem sei quantas vezes isso aconteceu na vida, se é que aconteceu, então não posso dizer que o livro me deixou amedrontada, mas uma coisa é verdade, certas cenas me deram agonia, aquela sensação de querer que acabe logo e eu considero isso algo bom. Acho que seria uma leitura um pouquinho complicada para pessoas sensíveis a esse assunto (nem vou dizer nada sobre pessoas medrosas como a Joana, do Infinite Book List hahahaha), então fica o alerta.
Não sei se vocês sabem, mas demônios, pelo menos em livros, não são educadinhos, então o comportamento de Regan possuída é completamente bizarro. Algumas coisas eu lia e ficava meio: eita... então tá bem... ok... seguindo. Meio esquisito pessoal, não é bonito não, be ready.
Há vários ganchos no final dos capítulos, ganchos bons que me deixaram bem curiosa para saber o que me aguardaria depois, geralmente feitos com apenas uma linha carregada de suspense e que me fizeram pensar: isso aí vai dar ruim com certeza, com certeza, olha lá, deu né.
Apesar de O Exorcista ter se tornado um clássico também nas telonas, eu nunca assisti (novidade), e vocês? A orelhinha do livro informa que William Peter Blatty foi o responsável pelo roteiro e acabou ganhando um Oscar pelo feito. Além disso, o filme recebeu mais DEZ indicações ao prêmio, incluindo melhor filme, coisa que ninguém no gênero havia conseguido. Tá pouco? Não tá.
E essa capa que a Harper Collins fez? Já falei dela várias vezes, acho muito bonita e macabra, do jeitinho que tem que ser.
The Exorcist não é algo que eu sairia recomendando a todos, até porque, como disse ali em cima, pessoas sensíveis podem não curtir muito. Li assim que acabei Menina Má, então acabou rolando uma comparação e, de tão decepcionante que foi The Bad Seed, esse aqui saiu bem por cima, ainda que longe de ser o melhor livro que já li na vida.
Bem, por hoje é só isso, gostaria de ter feito uma resenha melhor e maior, mas isso foi tudo que deu para fazer dessa vez. Não desistam de mim porque semana que vem tem mais!!!