1- Dilma – Um livro que é só decepção;
Victor: O Senhor dos Anéis. Peguei para ler na época em que estava lendo apenas fantasia e achei que o livro que inspirou todos os autores da fantasia atual seria nada menos que a melhor coisa já escrita, mas encontrei com personagens rasos e uma trama de “vá do ponto A até o ponto B e tenha umas aventurazinhas no meio”. O livro mais cansativo que já li.
Carol: Eu diria Caixa de Pássaros, mas ele vem logo depois. Então vamos de The 100? Adorei a série de TV e quando descobri que tinha livro quis muito ler. Em seguida fiquei sabendo que o desenvolvimento da coisa era bem diferente. Li e acabei detestando, porque não acontece NADA no primeiro volume (é uma trilogia). A autora deixou tudo para as sequências. Sinto que perdi tempo lendo. Ah, fiz resenha aqui.
2- Lula – Um livro que você ganhou de um amigo;
Victor: Mulheres de Cinzas. Minha melhor amiga aka namorada aka dona Carolina me deu esse, que é o primeiro livro da trilogia histórica sobre a dominação de Portugal em Moçambique que Mia Couto pretende contar, já lido e futuramente resenhado.
Carol: Sangue no Olho, da Lina Meruane. Quem me deu foi o mozão aí em cima haha e esse livro entrou facilmente para a lista (não muito bem definida, porque sou indecisa) dos meus favoritos. Ele está ali no topo brigando com alguns. Ainda não postei a resenha dele, mas fiquem de olho por aqui porque logo menos ela sai.
3- Sérgio Moro – Um livro que te prendeu muito rápido;
Victor: Noite do Oráculo. Eu não sei se é porque eu estou nessa ilusão da adolescência de que serei um escritor e o personagem principal é escritor também, ou se eu simplesmente tive uma conversa muito mais íntima com esse livro do que tive com os outros, o fato é que Noite do Oráculo foi um livro que eu queria estar toda hora lendo, e mesmo não tendo entrado para os meus favoritos (nem 5 estrelas no Skoob ele recebeu) pode ter sido a porta de entrada para um dos meus escritores revelação do ano.
Carol: Psicose. Na primeira linha já fui pega, sério!! É um livro bem curto e a narrativa te prende muito fácil, tanto que li em pouquíssimas horas e foi maravilhoso. Quem quiser saber um pouquinho mais, é só clicar na resenha.
4- Panelaço – Um livro que todo mundo gosta mas que você não consegue gostar;
Victor: Os Sete. O André Vianco é muito cultuado por aí, na resenha de Fios de Prata eu cheguei a comentar que ele é eleito pelo público um dos escritores da tríade fantástica atual, isso para você ver o nível de popularidade do cara. Porém, eu não cheguei nem na metade de Os Sete, a trama estava extremamente chata, e a escrita era prolixa e mal montada, dando deslizes sérios na construção do clima de terror.
Carol: Caixa de Pássaros. Esse livro se tornou queridinho entre muitos leitores atualmente, e eu não consigo entender o motivo disso. Parece que lemos coisas completamente diferentes. Achei mal escrito, sem graça, com personagens muito fracos e com SPOILERS do próprio autor no meio da narrativa. Fiz uma resenha/desabafo contando tudo que achei, e ela se encontra aqui. (Não me odeiem, por favor).
5- Eduardo Cunha – Um livro sobre criminosos;
Victor: O Longo Adeus a Pinochet. Se encaixando duplamente na categoria, Pinochet não é só um criminoso, como é um criminoso político. O livro do chileno Ariel Dorfman, conta sobre os últimos anos da vida de Pinochet e a quase prisão que a justiça internacional fez à sua pessoa. Um relato sincero de um escritor atormentado pelos males da ditadura.
Carol: Boneco de Neve, do Jo Nesbo, fala sobre um serial killer. E eu não posso contar muito mais sobre a trama porque não terminei de ler ainda. Confesso que até a página 160, ele não tem me empolgado muito e por isso preferi dar prioridade a outras leituras. Um dia aparece um post sobre ele por aqui.
6- Foro Privilegiado – Um livro acima do bem e do mal por alguma razão;
Victor: 2666. Eu nem li o livro ainda, mas eu sei que se você não gostou você está errado. É isso aí.
Carol: Battle Royale, de Koushun Takami. Eu recomendaria esse livro facilmente a todo mundo, independente do gênero que a pessoa curta e esses detalhes. O Victor, que é bem chato, leu e gostou. Eu li e AMEI!!! Ele até fez uma resenha, que se encontra aqui, mas ela é bem menos passional do que seria a minha, porque no final desse livro eu estava me contorcendo de nervoso no sofá e precisava parar de ler por alguns segundos para respirar entre os capítulos. Nesse exato momento, ele está emprestado porque eu preciso que mais pessoas conheçam essa obra. É uma distopia (que inspirou Jogos Vorazes talvez) CHEIA de ação e sangue. Um tiro atrás do outro. Eu não vou falar mais nada não, mas sério, comprem.
7- João Santana – Um livro ruim apesar de toda a propaganda;
Victor: Pássaro do Paraíso. Não é exatamente o livro que está recebendo propaganda, e sim a autora Joyce Carol Oates, que anda até sendo mais cotada para ganhar o Nobel do que seu conterrâneo, Philip Roth. Acontece que Pássaro do Paraíso não me passou a sensação de estar lendo uma futura ganhadora do Nobel, e sim uma pessoa esforçada, mas sem jeito pra coisa.
Carol: Seguindo a linha de pensamento do Victor, também não irei por uma obra em si mas sim um autor. Harlan Coben. Sempre que vejo alguém pedindo recomendação de livro policial, citam o Coben como um dos grandes nomes. Eu li somente dois livros do cara, mas um foi bem ruim e o outro eu nem me empolguei para terminar e está parado há uns quatro anos. Todo mundo trata ele como se fosse O cara, mas não vejo nada demais.
8- Triplex dos Marinho – Um livro que não tem a atenção que merece;
Victor: O Cheiro do Ralo. Lourenço Mutarelli em si não recebe a atenção que merece né?! O pessoalzinho dá bola para caralho para os escritores estrangeiros com o mesmo estilo dele, como o Palahniuk e o Houllebecq (que eu também adoro, não me levem a mal), mas Mutarelli é um escritor ainda melhor, com uma escrita ágil e afiada como um bom manejador dessa arma chamada língua portuguesa.
Carol: O livro é um clássico, então obviamente em algum momento da vida ele teve a devida atenção, mas quando falo dele ninguém conhece. O escolhido dessa categoria é Os 7 Minutos, de Irving Wallace. Uma obra maravilhosa que fala sobre liberdade de expressão, censura, liberdade sexual e vários tabus. Acompanhado de personagens marcantes, uma investigação cheia de reviravoltas e diálogos maravilhosos em tribunais. CORRAM PRA LER A RESENHA EM NOME DE JESUS!!!
9- Aécio Neves – Um livro escrito sob o efeito de drogas;
Victor: Bruno Schulz devia acender uma seda a cada conto que escreveu porque pelamor de Deus, não tem um conto que você não fique com cara de taxo tentando encontrar o sentido do textinho como se estivesse procurando o sentido da vida. Mesmo assim é muito bom, recomendo. Aliás, é a minha próxima resenha aqui no obnb.
Carol: Não sou muito de ler livros loucos e nessa categoria tive que pedir ajuda ao Victor. Ele me lembrou que li Sobrevivente, do Chuck Palahniuk e quem conhece o autor sabe que às vezes parece que o cara usou alguma coisinha enquanto escrevia. (Guess what? Tem resenha dele no blog).
10- Delcídio do Amaral – Um livro que abriu caminho para outros livros;
Victor: Budapeste. Antes de Budapeste, achava que esse papo de forma de escrita só servia para poesia e que isso não tinha espaço para o romance, porque 90% dos escritores de fantasia escrevem do mesmo jeito, o que alteram é apenas a divisão de capítulos e a quantidade de prolixidade envolvida. Só que aí eu peguei esse livro atraído pelo nome do autor (claro) e tomei um tapão vendo como aquele mundaréu de palavras se relacionavam de um jeito totalmente diferente do que eu já tinha visto, e foi assim que eu larguei de vez o mundinho da fantasia para ir atrás dos grandes autores que sabem escrever um livro que ninguém possa fazer igual.
Carol: O Sol é para Todos, da Harper Lee. Até esse livro, eu tinha um preconceito terrível com a palavra “clássico” porque isso me remetia a coisas como: difícil, ultrapassado, monótono. Eu estava sendo trouxa. Li esse livro e fiquei encantada!!! A partir daí, não é que eu só leia esse tipo de coisa, mas agora o “medinho” não existe mais, e outros livros com esse rótulo foram surgindo na minha estante. Se você, assim como eu, carrega essa sensação de “eu não vou entender nada, isso não é para mim, esse não é o meu mundo” , O Sol é para Todos pode te ajudar a superar.
11- Japonês da Federal – Um livro presente em vários momentos;
Victor: O Guia do Mochileiro das Galáxias. O guia acompanha a sua vida constantemente se você é um nerd, tendo lido ou não. Só para um exemplo básico, eu ando por aí com uma toalha no Dia do orgulho nerd independente do lugar que eu for.
Carol: “Eu ando por aí com uma toalha no Dia do orgulho nerd independente do lugar que eu for”... Acho um pouco vergonhoso, porque eles fazem isso em grupo, NO MEIO DE UM SHOPPING. HÁ IMAGENS, EU VI. Enfim... Vamos ao ponto. Os Legados de Lorien é uma saga que me acompanha desde 2011. Serão sete livros e o último sai esse ano, mas se ela continuasse por mais cinco anos, eu ainda leria. Foi o primeiro livro que eu li e através dele eu comecei o hábito de ler livros, então o apego é muito forte. E sim, eu gosto da história de aliens maus vs. aliens bons, legados e pedrinhas mágicas. Falarei mais dessa série qualquer dia na Li, gostei, mas não resenhei.
12- Jair Bolsonaro – Um livro que se aproveitou do momento;
Victor: O Poder da Espada. Tem um monte de livro whatever de fantasia pipocando por aí, mas os que mais se aproveitam são aqueles que parecem com GoT, como é o caso desse livro do Joe Abercrombe, que eu não li porque prefiro ficar com o original mesmo.
Carol: Acho que todas as distopias que surgiram depois de Jogos Vorazes, se aproveitaram do momento. Como exemplo, das que eu li, temos O Teste, que nada mais é do que uma mistura bizarra das distopias mais conhecidas. Em breve, teremos resenha dele aqui no blog, mas já adianto que não curti.
13- Condução Coercitiva – Um livro que você foi obrigado a ler;
Victor: O Cabeleira. Fui obrigado a ler na escola para fazer trabalho de literatura (tinha uns quinze anos), mas mesmo precisando da nota, larguei o livro no meio porque estava achando um lixo sem noção. Resultado: quase fui reprovado aehahehahe.
Carol: Pegando carona no pensamento do Victor, também escolherei um que tive que ler na escola. Ele se chama E agora, mãe? e fala sobre uma adolescente que fica grávida. Na época eu nem dei bola, porque eu tinha uns onze anos, aquilo ali era muito distante da minha realidade e a história era meio triste. Não curti. Talvez hoje eu olhasse com outros olhos, mas o trauma não permite.