Autora: Liane Moriarty
Editora: Intrínseca
Ano: 2014
Páginas: 368
Cecilia Fitzpatrick tem tudo. É bem-sucedida no trabalho, um pilar de sua pequena comunidade, uma esposa e mãe devotada. Sua vida é tão organizada e imaculada quanto sua casa. Mas uma carta vai mudar tudo, e não apenas para ela: Rachel e Tess mal conhecem Cecilia - ou uma à outra -, mas também estão prestes a sentir as repercussões do segredo do marido dela.
Emocionante, O segredo do meu marido é um livro que nos convida a refletir até onde conhecemos nossos companheiros - e, em última instância, a nós mesmos."
Segunda obra que eu leio da autora e acho que posso dizer que achamos padrões. Liane gosta de vozes femininas nos seus livros, o que é ÓTIMO, mas dessa vez eu não simpatizei de cara com as três como foi em Big Little Lies, não acho que tenham sido tão cativantes quanto na leitura anterior, mas rolou empatia sim, principalmente com Cecila. Novamente, os personagens são MUITO reais com histórias comuns, eles poderiam existir na sua rua. Outra semelhança é que algumas cenas possuem a escola como cenário. Como eu disse, histórias e vidas comuns; as pessoas trabalham, têm filhos, levam seus filhos no colégio, acabam criando laços naquele ambiente e por aí vai. Para mim isso dá mais pontos à trama e me faz pensar que a autora também é gente como a gente e deveríamos sair por aí andando juntas no recreio.
Algumas pessoas haviam falado que o início de O Segredo do Meu Marido era meio morno, e tenho que concordar. As primeiras páginas não foram empolgantes, mas o livro foi tomando forma e melhorando. O segredo propriamente dito não é revelado apenas no final, como seria de se esperar. Nós descobrimos lá pela página 150, se não estou fazendo confusão agora, e o foco passa a ser nas consequências daquilo e é isso que prende o leitor à narrativa. O que fazer ao descobrir algo daquela importância? Ah, sobre a tal revelação, eu tinha desconfiado, mas, como disse, não é o ponto chave do livro. O que vem depois é só alegria, para nós leitores né, porque para eles... Enfim, é nesse ponto que o ritmo fica mais acelerado e ficamos curiosos para ver o que vai acontecer de fato.
A história acontece na Austrália, onde Liane nasceu, e eu não sei como é por lá, mas você sente que o clima é diferente de quando narrado nos Estados Unidos, por exemplo. Para aqueles que querem conhecer o lugar (eu) e sua cultura, acaba sendo um bônus muito bacana. São novos ares.
Os capítulos são curtos, e por isso são mais de cinquenta, escritos em terceira pessoa e alternando entre o ponto de vista de Cecilia, Rachel e Tess, algo que eu adoro, pois assim temos a chance de conhecer direitinho cada uma. A capa é linda e segue o estilo que a Intrínseca adotou para essa autora, a única coisa que me pegou dessa vez foi o tamanho da fonte, uma coisa tão pequenininha que chegava a assustar e dar aquela sensação de: será que termino isso? A editora anunciou que lançará outro livro da autora por aqui chamado "Truly Madly Guilty", EU MAL POSSO ESPERAR!!!
Foi uma leitura boa e válida sim, mas não MARAVILHOSA e super empolgante, e ainda bem que eu estava preparada para isso, assim ficamos sem decepções. Está longe de ser ruim, porém, na minha opinião, Pequenas Grandes Mentiras é melhor. Acredito que quem gostou de um, provavelmente também gostará do outro. E para aqueles que ainda não conhecem o trabalho de Liane Moriarty, mas curtem esse gênero que eu classificaria como chick-lit/mistérios/segredos/picuinhas/algo de errado não está certo, deem uma chance!!