Autor: Georges Simenon
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2014
Páginas: 136
Esta foi uma resenha difícil de ser feita (de novo, sim, exausta). Terminei a leitura desse livro e somente quase um mês depois consegui sair de duas frases no texto, então desde já peço desculpas caso isso aqui fique muito ruim. I’m trying!!
Não conhecia o autor até O Cavalariço da Providence parar em minhas mãos, e em uma breve pesquisa na internet vi que ele é bastante querido por leitores do gênero policial, o que me deixou curiosa. Conforme fui lendo me senti estranha: não estava gostando nadinha. Procurei por outras resenhas pela internet e só consegui encontrar três, todas positivas, e isso foi o suficiente para eu me questionar: será que tem algo de errado comigo? Mas seguindo em frente... Chega de desabafos e vamos ao que interessa.
O autor consegue fazer uma excelente descrição do cenário em que se passa a história, o que seria muito interessante se o ambiente não fosse tão monótono para mim. Chuva, balsas, bares, quartos e fim. Eu conseguia visualizar tudo muito bem, mas aquilo não me agradava. Na minha concepção não era algo muito emocionante. Um marasmo.
Que os fãs me perdoem agora mas, o protagonista e investigador Comissário Maigret também não é lá muito interessante. Pelo menos não nesse livro. Eu sei que existem milhões de outros e talvez ele seja uma pessoa sensacional em outras situações, mas nessa não fui conquistada. Não vi um traço marcante de personalidade ou algo que o caracterizasse, que fizesse criar uma certa empatia, nada...
Uma coisa que me incomodou bastante foi o uso de termos específicos que eu não conhecia. Como se trata de embarcações e coisas do tipo, surgiam algumas palavras que eu nunca havia escutado antes e não fazia ideia do que se tratava. A coisa já não estava muito legal, e ainda me senti meio burra, ou seja, não vi muitas vantagens.
Sobre a investigação, que deveria ser o ponto alto e salvador desse livro: também não achei lá essas coisas. Eu costumo gostar de investigações com reviravoltas inteligentes, onde as pessoas envolvidas sejam interessantes, fáceis de se apegar, onde você cria as suas próprias teorias e se vê desafiado, pensando AI MEU DEUS E AGORA??? Em certo ponto eu até me vi preocupada com o destino daquilo e torcendo pelo sucesso de Maigret, mas não no nível que eu julgo ser satisfatório.
Em resumo, foi um livro bem morno. Não gostei, mas também não odiei a ponto de querer jogá-lo longe ou de sentir raivinha de algumas coisas como já senti com certos livros por aqui resenhados (um beijo Caixa de Pássaros, um abraço 72 Horas Para Morrer). Talvez, e eu realmente acredito nessa hipótese, outras obras de Georges Simenon sejam opções bem melhores para quem deseja começar a ler o autor, mas por ora, não procurarei...